Para AMD, é preciso 16K e 240 FPS para realidade virtual de verdade

22/01/2016 10:57

A realidade virtual só será realmente imersiva quando for capaz de exibir gráficos de resolução 16K a taxas de 240 quadros por segundo. A afirmação é de Raja Koduri, executivo da divisão Radeon da AMD, fabricante de processadores. Na avaliação de Koduri, os números dariam a qualquer headset a possibilidade de simular imagens muito próximas à realidade, a tal ponto que se tornaria difícil para o usuário dissociar o virtual do real. 

De acordo com o executivo, em entrevista ao site VentureBeat, atingir esses parâmetros técnicos vai depender de investimentos pesados e criatividade, já que “nós não conseguiremos apenas com a Lei de Moore e hardware. Vamos precisar de software”.

Ambição da AMD faria do Oculus Rift uma relíquia do passado (Foto: Divulgação/Oculus)

Ambição da AMD faria do Oculus Rift uma relíquia do passado (Foto: Divulgação/Oculus)

Para demonstrar as soluções que precisam ser desenvolvidas na busca pela realidade virtual de 16K, Koduri usa o exemplo do PlayStation 4. “A placa Fury X tem quatro vezes mais poder computacional do que o PS4. Mas o PC não te garante uma experiência muito melhor porque os desenvolvedores não podem extrair tanta performance quanto em um console”, afirma.

Segundo o executivo, esse impasse será solucionado quando o mesmo controle dado aos desenvolvedores sobre os recursos técnicos de um console seja atingido na criação de conteúdo para PC. 

Outra realidade
O modelo em que um sistema qualquer pode gerar 240 novas imagens de 16K de resolução a cada segundo ainda não tem data para ser atingido, já que depende de investimentos pesados em desenvolvimento de novas tecnologias.

Para AMD, será possível atingir os 16K a 240 quadros com investimentos pesados em hardware e software (Foto: Divulgação/AMD)

Para AMD, será possível atingir os 16K a 240 quadros com investimentos pesados em hardware e software (Foto: Divulgação/AMD)

A meta ambiciosa da AMD pode demorar, no entanto as perspectivas desse futuro são bastante interessantes, já que atualmente a realidade virtual, que se limita a resoluções não superiores a 2K e taxas de até 120 quadros por segundo, vem atraindo o interesse público.

Via VentureBeat